Palácio Paiaguás e Mural Externo Bovinocultura

Descrição

O Palácio Paiaguás e o Mural Externo Bovinocultura, na cidade de Cuiabá-MT, foram tombados por sua importância cultural.

O Palácio Paiaguás, sede do Governo de Mato Grosso, e o mural externo, “Bovinocultura”, de 371 m², uma criação do artista plástico Humberto Espíndola, agora é um bem cultural que faz parte do acervo do Patrimônio Histórico de Mato Grosso, conforme portaria da Secretaria de Estado de Cultura publicada no Diário Oficial. Com o tombamento, os bens passam a ser tutelados pela proteção especial do poder público.

O artista Humberto Espíndola, 71 anos, disse que se sente “honrado com esse reconhecimento por um trabalho que se tornou emblemático” em Mato Grosso. Ele cita um detalhe da obra, uma seta que se encontra no painel frontal do prédio e que aponta para a Amazônia. “Naquele momento já se falava na divisão do Estado e Cuiabá, que estava no norte, muda e passa ser sul voltando o seu olhar para a Amazônia. Hoje Mato Grosso é o maior produtor de gado do país”.

Humberto Espíndola apresentou o tema Bovinocultura em 1967, no Salão de Arte Moderna do Distrito Federal, em Brasília. Em 1973 desembarcou em Cuiabá e participou do projeto e criação do Museu de Arte e Cultura Popular, da UFMT, que dirigiu até o início da década seguinte. Ele também colaborou com o Museu Rondon, da Universidade Federal de Mato Grosso, e deu início à criação do mural externo.

A crítica de arte Aline Figueiredo diz que é uma “glória” para o artista receber o reconhecimento ainda entre os seus. Junto com vários artistas regionais, entre eles Humberto Espíndola, Aline contribuiu para o desenvolvimento das artes plásticas mato-grossenses e disse que o painel Bovinocultura é um dos mais expressivos do Brasil. “Não sou eu apenas quem diz isso, mas todos os críticos que visitaram Cuiabá e conheceram a obra in loco, são unânimes em dizer que é um dos mais expressivos do Brasil ”.

Ela lembra ainda que a obra foi realizada nos anos de 1973 e 1974, sendo finalizada em 1975, como registra a placa alusiva. Foram utilizados os mais diversos materiais, com destaque para o mármore, granito e concreto, além das tintas.

Fonte: Governo do Estado

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