Casarão do José Ignácio
Descrição
O Casarão de José Ignácio representa a ocupação de um setor do território paulista que, por séculos, permaneceu rural e de passagem de tropas, cujos vértices eram os importantes núcleos de Campinas, Jundiaí, Atibaia e Bragança. Jarinu, antigo distrito “Campo Largo de Atibaia”, formou-se como núcleo urbano periférico, a partir da doação de terras por Lourenço Franco da Rocha, político de influência eminentemente regional cuja residência foi erguida defronte à capela no início do século XIX, uma residência. Posteriormente, o Casarão passou a pertencer a José Ignácio, político local que contribuiu para a emancipação da localidade como município paulista no início do século XX, tornando o edifício um suporte material para a memória coletiva. O imóvel apresenta linguagem típica de moradas residenciais paulistas do interior no período da Colônia e transição para o Império, com partido comparativamente modesto às grandes residências urbanas e rurais. Trata-se de um documento edificado com relevante potencial instrutivo, pois reúne, sob um mesmo arcabouço, as principais técnicas construtivas típicas da arquitetura caipira paulista – a taipa de pilão, a taipa de mão e a alvenaria de tijolos de barro. As singelas transformações ocorridas no edifício ao longo do tempo aludem a mudanças pelas quais passou a sociedade paulista no período, desde a organização da propriedade em relação ao espaço urbano até o agenciamento externo e interno do imóvel como moradia e, também, comércio.
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