Cabo de Santo Agostinho e Baía de Suape

  • Paisagem
  • Cabo de Santo Agostinho
  • Pernambuco
  • Tombado
  • Bem cuidado

Descrição

O Cabo de Santo Agostinho e Baía de Suape, em Cabo de Santo Agostinho-PE, foi tombado por sua importância natural.

O Cabo de Santo Agostinho (CSA) está localizado em município homônimo, integrante da Região Metropolitana do Recife (RMR), sendo um promontório rochoso do litoral sul de Pernambuco, onde está situado o Parque Metropolitano Armando de Holanda Cavalcanti (PMAHC) e, num polígono mais abrangente, o Sítio Histórico do Cabo de Santo Agostinho e Baía de Suape. […]

Do ponto de vista natural, o promontório caracteriza-se por uma extrusão vulcânica que avança sobre o mar, onde estão localizadas pequenas praias – Calhetas e Paraíso –, que ofertam lazer contemplativo e ativo para aqueles que as visitam. A formação rochosa do promontório é estudada por geólogos, visto ser composta por um granito único no território nacional, além de possivelmente representar o último ponto de ruptura entre os continentes americano e africano (NASCIMENTO; SOUZA, 2005).

No CSA, é possível perceber grandes voçorocas e ravinas que evidenciam um antigo processo de erosão, conforme descrito em 1614 por Mateus Jorge (apud MELLO NETO, 1981, p. 39), ao afirmar que a terra do promontório parece como “escalvada a modo de restolho, e sem arvoredo, e sem mato, salvante umas árvores baixas longe umas das outras […]”. As pequenas ocupações rurais nas áreas não erodidas foram, ao longo do tempo, inserindo culturas como a da mandioca e da araruta, além do plantio de fruteiras, que passaram a ser fonte de subsistência para muitos moradores locais.

Imediatamente ao Sul do promontório está a baía de Suape, um ancoradouro natural utilizado como porto para pequenas embarcações e onde deságuam os rios Massangana – que serve de limite entre os municípios do Cabo e de Ipojuca –, Tatuoca, Ipojuca e Merepe, no município de Ipojuca (Imagem 01). Entre os estuários dos rios Massangana e Tatuoca estão as ilhas de Tatuoca e da Cocaia, recobertas por extensos manguezais, abrigo de várias espécies de crustáceos, moluscos e peixes, “cuja captura desempenha importante papel na sobrevivência das populações locais” (CPRH, 2003, p. 15).

A história conta que o CSA foi descoberto por Américo Vespúcio, em 1501, embora haja versões que afirmem ter sido descoberto pelo navegador espanhol Vicente Pinzón, em 1500. Durante o período de colonização pelos portugueses e do concorrido comércio açucareiro, assumiu a condição de ponto estratégico na defesa da costa brasileira, sendo cenário para as disputas entre portugueses e holandeses, no século XVII, conforme consta na historiografia e nos testemunhos dos edifícios militares, civis e religiosos, entre os quais se destacam a Vila de Nazaré, a Igreja de Nossa Senhora de Nazaré e as ruínas de seu convento; as ruínas da Capela Velha, do Forte do Pontal, do Antigo Quartel, do Forte Castelo do Mar, das Baterias de São Jorge, da antiga Casa do Faroleiro, da Bateria de Calhetas e do Forte de São Francisco Xavier (PERNAMBUCO, 2000, p. 15).

Fonte: Helen Maria Palmeira Medeiros.

  • Jurisdição Estadual
  • FUNDARPE – Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco

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