Antiga Usina Hidrelétrica

Descrição

A Antiga Usina Hidrelétrica de Cidade Ocidental-GO foi tombada por sua importância cultural.

No início do mês de outubro, o Governo de Goiás decretou o tombamento histórico e artístico da antiga usina hidrelétrica da Cidade Ocidental, município goiano localizado no entorno do Distrito Federal. Esse é mais um avanço do ponto de vista da preservação do patrimônio histórico goiano, já que ela foi a primeira Usina Hidrelétrica do Distrito Federal e também mantém preservada infraestruturas construídas ainda no período colonial do Brasil.

Desde 2014, a Superintendência do Patrimônio Histórico, Cultural e Artístico da Secretaria de Estado de Cultura de Goiás (Secult Goiás) produziu a instrução do processo e parecer técnico, comprovando os valores históricos, simbólicos e cognitivos da usina, além de estudos técnicos.

Inicialmente, o local, conhecido também por Usina do Ribeirão Saia Velha e construído aproximadamente por dois mil escravos, foi usado para a canalização no ribeirão, com o objetivo de levar água para as minas de ouro do Arraial de Santa Luzia, atual cidade de Luziânia.

O Ribeirão recebeu autorização para aproveitamento de energia hidráulica da cachoeira em 1954, que na época se localizava no município de Luziânia. A implantação da 1ª Usina Hidrelétrica de Brasília somente se concretizou em razão da construção de Brasília, pois foi construída para fornecer energia para a construção de Brasília.

O fornecimento de energia pela Usina ocorreu por curto período de tempo, de 1957 a 1962 e foi destinado apenas para fornecer energia para os escritórios, oficinas, serrarias, olaria e residências da NOVACAP, além do aeroporto.

Além dos aspectos históricos, a usina guarda valor simbólico, pois apesar de ter sofrido modificações, mantém peças originais em seu acervo, além de sua arquitetura e localização e implantação, refletir o uso e a função inicial do imóvel.

A antiga Usina também apresenta o valor cognitivo, pois quando se consideram os valores histórico e simbólico, se reconhece que o bem é instrumento narrativo da sua memória e elemento representativo para a construção do conhecimento histórico e cultural do Estado de Goiás. A percepção e conhecimento do bem significa transitar por uma época determinada e reconhecer os valores nele presentes.

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