Pinturas de Leandro Joaquim
Descrição
Duas pinturas de Leandro Joaquim sobre tábuas ovais, representando o incêndio e reconstrução do Recolhimento de Nossa Senhora do Parto.
As duas pinturas atribuídas a Leandro Joaquim são cópias de outras duas pinturas de autoria de João Francisco Muzzi, datadas de 1789 e que se encontram na Fundação Castro Maia. Uma das pinturas retrata o incêndio ocorrido em 23 de agosto de 1789 no recolhimento de Nossa Senhora do Parto, hoje inexistente. Nessa pintura observam-se várias peças de mobiliário da época sendo jogadas pela janela, enquanto o recolhimento aparece em chamas. A outra pintura, refere-se às obras de reparos que seguiu-se ao incêndio, iniciadas em 25 de agosto de 1789 e concluídas em 8 de dezembro do mesmo ano, durante o governo do Vice Rei Luiz de Vasconcellos e Souza. Nota-se, na parte inferior do quadro, Mestre Valentim apresentando o projeto ao Vice Rei, vendo-se ao fundo o prédio do Recolhimento em início de obras.
Os painéis elípticos sobre suporte de madeira da autoria de Leandro Joaquim são dos primeiros quadros a óleo pintados no Brasil e remontam ao século XVIII. Estes dois representam o incêndio do Recolhimento de Nossa Senhora do Parto e sua reedificação em 1789. Os temas são esclarecidos nas inscrições sobre as molduras. Cenógrafo e decorador do Teatro Manuel Luis, Leandro Joaquim foi também retratista apreciado, ao lado de Manuel da Cunha. Pintou vários quadros para a igreja de São Sebastião, no morro do Castelo. A ele se atribuem ainda duas vistas da cidade, e quatro da baía de Guanabara. Além disso colaborou com mestre Valentim na reconstrução do Recolhimento do Parto, para a qual apresentou projeto à Mitra. Os quadros são de propriedade da Mitra Arquiepiscopal e estão, hoje, no Museu de Arte Sacra da Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro.
Localização
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