Fazenda Ponte Alta

  • Fazenda
  • Barra do Piraí
  • Rio de Janeiro
  • Tombado
  • Bem cuidado

Descrição

A Fazenda Ponte Alta em Barra do Piraí-RJ foi tombada por sua importância cultural para a cidade.

A fazenda localiza-se na rodovia RJ-145, que liga os municípios de Barra do Piraí e Piraí. O acesso fica próximo da estação ferroviária de Santana da Barra e, no trajeto, passa-se pelo bairro residencial de Parque Santana e sobre os trilhos da linha férrea.

Do portão que permite a entrada na propriedade, percorremos um trecho de aproximadamente 2km, cercado de vegetação baixa, rasteira, além de pastos, o que dá uma certa impressão de aridez ao local, visto que o levantamento foi realizado no período de seca e estiagem. Entretanto, sobressaia, ao longe, a característica alameda de palmeiras imperiais, paralela, no caso, a uma das fachadas da casa-sede, indicando sua localização. As edificações que compõe o quadrilátero funcional foram implantadas em desnível, permitindo um melhor aproveitamento das atividades de uma fazenda de produção de café.

A Fazenda Ponte Alta constitui um belo exemplar de arquitetura rural do século XIX, possuindo as características autênticas do chamado quadrilátero funcional.
A fazenda, construída entre os anos de 1815 e 1820, constituía-se de casa-sede; capela; tendo ao centro, o terreiro de secagem de café. Acompanhando esse arranjo, a senzala, que se dividia em duas alas e tinha, em um dos seus cantos, a enfermaria dos escravos. Nas extremidades do “quadrilátero”, o engenho de processamento de café e a casa do feitor.

A casa-sede não é a original, tendo sido reconstruída em 1936, funcionando hoje como casa de hóspedes do hotel-fazenda, localizando-se num platô um pouco acima das outras edificações.

No conjunto edificado encontramos as construções originais, que exibem a estrutura funcional para a produção do café no século XIX, na qual todo o processo era movido pela roda d’água. Como as edificações foram construídas seguindo a topografia do terreno, conjugado à sua função, temos uma variação quanto às alturas e ao número de pavimentos, que se configuram da seguinte forma: na área do antigo engenho e tulha, dois pavimentos (térreo mais um pavimento); nas senzalas, na Ala 2 – um pavimento; e na Ala 2 – dois pavimentos (porão habitável e um pavimento).

Pela leitura das fachadas percebemos os desníveis do terreno e o predomínio da horizontalidade, assim como uma bem proporcionada relação entre cheios e vazios. As janelas e as portas possuem vergas retas e vedação em madeira por esquadrias almofadadas e tabuadas, com exceção do engenho, que possui janelas tipo guilhotina. Na área do engenho, ocorreram modificações e foi inserida uma escada em madeira que permite o acesso do térreo (recepção e lojinha) ao primeiro pavimento (sala de jantar, estar e acesso ao antigo terreiro de café).

Os telhados são simples, em duas águas, tendo variação no antigo engenho e na casa sede (quatro águas), sendo recobertos por telhas capa e canal. Nas varandas, em torno do pátio, encontramos beirais do tipo cachorro.

O sistema construtivo adotado no embasamento foi o de alvenaria de pedras no baldrame, mantendo, no restante das estruturas verticais e horizontais (esteios, madres e barrotes), a madeira. Todas as paredes de vedação originais eram em pau-a-pique. Foram identificadas, ao redor do antigo pátio de café, as canaletas em cantaria para o escoamento das águas.

A cobertura em telhas tipo capa-canal que margea o quadrilátero funcional, possui duas águas e recobre a varanda que as sustenta com barrotes e esteios em madeira. Nesta parte há beirais do tipo cachorro, sem forro ou detalhes dignos de nota. Nas coberturas do engenho; antiga enfermaria e casa grande, os telhados são em quatro águas.

Internamente, os pisos eram em tabuado de madeira e pedras. Grande parte foi substituída no primeiro e segundo pavimento do antigo engenho, por tábuas de madeira e cerâmica. Nas áreas das varandas, senzalas e antiga enfermaria, permanecem os pisos originais.

Os forros originais em madeira do tipo saia e blusa quase inexistem, apenas são mantidos em uma ala e, na área do engenho, foi colocado um forro em treliça de madeira.

  • Tombado em 2008
  • Jurisdição Estadual
  • INEPAC – Instituto Estadual do Patrimônio Cultural

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