Igreja de Santa Bárbara
Descrição
A Igreja de Santa Bárbara faz parte da poligonal histórica do Centro Histórico da cidade de Goiás-GO, que testemunha a ocupação brasileira nos séculos XVIII e XIX.
A edificação térrea foi construída em estilo arquitetônico moderno, em sistema construtivo desconhecido. O padrão de conservação da edificação é bom. O estado de conservação do passeio público é ruim. Em relação à acessibilidade, a edificação não é acessível, pois possui algum tipo de obstáculo (rampas, lixeiras, postes).
Goiás testemunha a ocupação e a colonização das terras do Brasil central ao longo dos séculos XVIII e XIX. O traçado urbano é um exemplo do desenvolvimento orgânico de uma cidade mineradora, adaptada às condições da região. Ainda que modestas, tanto a arquitetura pública quanto a arquitetura privada formam um todo harmonioso, graças ao uso coerente de materiais e técnicas locais.
O tombamento inclui todo o seu acervo (imagens, alfaias e móveis antigos entre outros), de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo nº 13/85/SPHAN.
Edifício religioso, situado em outeiro no Centro Histórico da cidade de Goiás. Construção de 1780, ficava, à época, “cousa de 300 braças” distante da antiga Viila Boa de Goiás e tem paredes em taipa de pilão e telhado em telha de barro canal, com cruzeiro no adro e contrafortes que se ajustam às suas laterais assegurando a prumada de suas paredes. O tombamento abrange também as imagens, alfaias e móveis antigos.
Esse extraordinário conjunto conserva mais de 90% de sua arquitetura barroco-colonial original, tornando-se, assim, um magnífico mostruário do Brasil oitocentista e um dos patrimônios arquitetônicos e culturais mais ricos do país. Localizado em uma região de rara beleza natural, o centro histórico de Goiás mantém, até hoje, o caráter primitivo de sua trama urbana, dos espaços públicos e privados, da escala e da volumetria das suas edificações.
A pacata cidade de Goiás – primeira capital do Estado e mais conhecida como Goiás Velho – possui um importante sítio histórico do período da expansão colonial, no século XVIII, resultado da exploração do ouro. Testemunha da ocupação e da colonização do Brasil Central, nos séculos XVIII e XIX, suas origens estão intimamente ligadas à história dos bandeirantes que partiram, principalmente, de São Paulo para explorar o interior do território brasileiro.
Primeiro núcleo urbano oficialmente reconhecido ao oeste da linha de demarcação do Tratado de Tordesilhas, que definiu, originalmente, as fronteiras da colônia portuguesa. A “autoconquista” do interior do Brasil significou o surgimento de cerca de 500 vilas, arraiais e povoados, edificados em terra (adobe, taipa de pilão, pau-a-pique). Entretanto, essa técnica vernacular bandeirista desapareceu quase completamente dessas regiões, salvo alguns remanescentes.
A rica tradição cultural inclui não somente a arquitetura e as técnicas construtivas, mas também a música, poesia, culinária e festas populares. Entre elas se destaca a Procissão do Fogaréu, que ocorre todos os anos, na quinta-feira da Semana Santa, e muitas dessas tradições ainda estão vivas e formam uma parte substancial da identidade cultural de Goiás.
A fachada é simples, com porta de ombreiras e verga curva, em madeira e a fachada lateral esquerda está apoiada em três contrafortes. O frontão é triangular, com cruz central. Internamente, tem um altar apenas, em estilo barroco-rococó, com trabalho de talha no sacrário e na moldura que circunda o nicho central profundo. Paredes e arco cruzeiro lisos. Destaca-se a presença de um par de anjos com cornucópias, em tudo semelhantes aos da antiga matriz de Sant’Ana.
Fundada em 1780 por Cristóvão José Ferreira. A estrutura da fachada foi alterada, dois campanários hoje não existem mais. Diz-se que os degraus da escadaria que dão acesso à igreja eram antes feitos inteiramente em pedra-sabão, porém, atualmente, apresentam-se em cimento. Tombamento: nº 345-T, Inscrição nº 360, 1950.