Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte
Descrição
A Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, em Goiás-GO, foi construída em 1779, no local onde esteve a casa do descobridor de Goiás.
A Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte de dois pavimentos foi construída em estilo arquitetônico colonial, em sistema construtivo desconhecido. O padrão de conservação da edificação é bom. O estado de conservação do passeio público é bom. Em relação à acessibilidade, a edificação é acessível sem obstáculos.
Goiás testemunha a ocupação e a colonização das terras do Brasil central ao longo dos séculos XVIII e XIX. O traçado urbano é um exemplo do desenvolvimento orgânico de uma cidade mineradora, adaptada às condições da região. Ainda que modestas, tanto a arquitetura pública quanto a arquitetura privada formam um todo harmonioso, graças ao uso coerente de materiais e técnicas locais.
Edifício de arquitetura religiosa situado entre duas ruas, tendo sua fachada principal voltada para o Largo da Matriz, no centro histórico da cidade de Goiás. Construída em 1779, no local onde esteve a casa do descobridor de Goiás, pertencente à Confraria dos Homens Pardos da Boa Morte, tem paredes em taipa de pilão, telhado em telha de barro canal, planta de nave oitavada, frontispício decorado com volutas e elementos florais e torre sineira isolada do edifício em estrutura de madeira e cobertura em telha de barro canal. Tendo a matriz se arruinado no século XIX, a igreja se tornou a Sé da Boa Morte. Um incêndio, em 1920, destruiu telhados e parte dos retábulos, forros, etc. Reconstruída, permaneceu templo religioso até 1967. Em 1968 a Curia transferiu sua coleção de alfaias, móveis antigos, paramentos e sobretudo imagens do escultor goiano Veiga Valle para a Igreja da Boa Morte, criando-se então o Museu de Arte Sacra da Boa Morte.
O tombamento inclui todo o seu acervo (imagens, alfaias e móveis antigos entre outros), de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo nº 13/85/SPHAN.
Esse extraordinário conjunto conserva mais de 90% de sua arquitetura barroco-colonial original, tornando-se, assim, um magnífico mostruário do Brasil oitocentista e um dos patrimônios arquitetônicos e culturais mais ricos do país. Localizado em uma região de rara beleza natural, o centro histórico de Goiás mantém, até hoje, o caráter primitivo de sua trama urbana, dos espaços públicos e privados, da escala e da volumetria das suas edificações.
A pacata cidade de Goiás – primeira capital do Estado e mais conhecida como Goiás Velho – possui um importante sítio histórico do período da expansão colonial, no século XVIII, resultado da exploração do ouro. Testemunha da ocupação e da colonização do Brasil Central, nos séculos XVIII e XIX, suas origens estão intimamente ligadas à história dos bandeirantes que partiram, principalmente, de São Paulo para explorar o interior do território brasileiro.
Primeiro núcleo urbano oficialmente reconhecido ao oeste da linha de demarcação do Tratado de Tordesilhas, que definiu, originalmente, as fronteiras da colônia portuguesa. A “autoconquista” do interior do Brasil significou o surgimento de cerca de 500 vilas, arraiais e povoados, edificados em terra (adobe, taipa de pilão, pau-a-pique). Entretanto, essa técnica vernacular bandeirista desapareceu quase completamente dessas regiões, salvo alguns remanescentes.
A rica tradição cultural inclui não somente a arquitetura e as técnicas construtivas, mas também a música, poesia, culinária e festas populares. Entre elas se destaca a Procissão do Fogaréu, que ocorre todos os anos, na quinta-feira da Semana Santa, e muitas dessas tradições ainda estão vivas e formam uma parte substancial da identidade cultural de Goiás.
Localização
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